
A repercussão em torno do desenho foi tão grande que o rascunho chegou aos Estados Unidos. Por lá, um engenheiro francês e ex-piloto de motos chamado Christian Travert se empolgou com a possibilidade de dar vida ao projeto. Após alguns meses de muita conversa entre Travert e Cameron, nascia a Travertson, uma empresa sediada em Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, especializada em fabricar “motocicletas dos sonhos”.
O modelo, de linhas bastante ousadas, parece ter saído de dentro de um filme de ficção científica.
Na dianteira o destaque fica por conta do visual dos dois braços em alumínio que fixam a roda e a suspensão no lugar, sistema este muito semelhante a uma balança traseira vista em outros modelos de motocicletas. Outro ponto interessante é a lanterna. No lugar de um grande conjunto óptico, os criadores da V-Rex instalaram pequenos grupos de luzes dispostos paralelamente. O aspecto “volumoso” da V-Rex é reforçado pela distância entre eixos de 2.010 mm. Para quem procura por visual diferente, este é o modelo certo.
As formas das carenagens laterais impedem que a V-Rex passe despercebida pelas ruas. Construídas em fibra de vidro e carbono, elas apresentam aspecto bastante futurista. O assento do piloto é baixo (642 mm) e tem seu ponto de fixação no quadro pela frente, diferente do usual (por baixo). A rabeta foi totalmente extinta neste modelo, não deixando lugar para o assento da garupa.
O painel de instrumentos é simples e, assim como alguns componentes do sistema elétrico, foi herdado de modelos da Harley-Davidson. O guidão, feito em alumínio, segue a mesma “cara” do resto do conjunto, com desenho moderno e não menos chamativo. Para completar, não faltam cromados na V-Rex. Por onde se olha estão pequenos acessórios e peças refletindo o brilho de toda essa “customização futurista”. No entanto, neste sentido, diga-se, nada brilha mais do que o motor.
Assim como outros componentes da V-Rex, o motor é o mesmo utilizado pela Harley-Davidson na V-ROD. Com 1.250 cm³, o propulsor de dois cilindros em “V” é capaz de gerar 120 cv de potência. O câmbio é de cinco velocidades, com a transmissão final feita por correia. Levando-se em conta seu peso de 304 kg, o comprador de uma V-Rex não deve esperar muita “força” do motor. No entanto, convenhamos, esta moto está mais para ser admirada parada, em um grande evento, do que em movimento.
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